segunda-feira, 25 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

18 de abril - Dia do livro infantil

Monteiro Lobato, o pioneiro da literatura infantil brasileira


Por tudo que Monteiro Lobato significa - "fundador de nosso imaginário" nas palavras de Marisa Lajolo, "primeiro reformador da prosa brasileira", para Oswald de Andrade, "dos valores mais indiscutidos da nossa literatura moderna", para Antonio Candido - é dever da escola incluir no currículo a leitura de suas obras. O encantamento que suas histórias provocam é inesgotável. Não há idade para começar a ler Lobato, e não parar mais.

Boa leitura!

Monteiro Lobato, o criador de um mundo fabuloso
 

Nenhum autor é tão representativo da literatura infantil brasileira do século 20 quanto Monteiro Lobato. Seu primeiro livro para crianças, A Menina do Narizinho Arrebitado, foi publicado em 1920 e, desde então, sua fantasia já atravessou décadas e segue para a terceira geração de leitores, em várias re-edições e até adaptações para a televisão, do mundo hiperrealístico do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Nesse lugar fantástico acontecem as aventuras de Narizinho e Pedrinho na companhia de Visconde de Sabugosa, um sabugo de milho que era um sábio, Emília, uma boneca de pano falante, Quindim, um rinoceronte domesticado e Rabicó, um porco com título de marquês. Tudo sob a tutela de uma ama negra superprotetora, Tia Nastácia, e de Dona Benta, a avó das crianças. Vislumbrado pela literatura infantil mundial, Lobato fez também Peter Pan, Alice, personagens da mitologia e até o Gato Félix passearem pelo Sítio.
Por meio de linhas inventivas ou críticas, o escritor retratou um Brasil cultural e socialmente atrasado e, ao mesmo tempo, deixou-se também levar pela fantasia do imaginário infantil, no qual criou seu maior legado à literatura brasileira: a possibilidade de criar o impossível.
Biografia

Nascido em 18 de abril de 1882, em Taubaté, no Vale do Paraíba (interior de São Paulo), José Renato Monteiro Lobato - que, mais tarde resolveu mudar sou nome para José Bento Monteiro Lobato - já demonstrava gosto pela leitura e pela escrita desde os tempos de escola, escrevendo para jornaizinhos acadêmicos quando adolescente.

Perdeu o pai aos 15 anos e a mãe, aos 16. Seguindo a vontade do avô, concluiu os estudos e cursou Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo.

Foi nomeado promotor público na cidade de Areias, no interior do estado, mas não exerceu a função por muito tempo. Após a morte do avô, mudou-se para Buquira (hoje Monteiro Lobato), para morar em uma fazenda que herdara.

Ali iniciou sua projeção como grande escritor. Com base em personagens reais, criou o mundo fantástico do Sítio do Pica-Pau Amarelo e fez a denúncia da exclusão social com artigos para o jornal O Estado de S. Paulo. Esses textos, protagonizados pela figura de Jeca Tatu, formariam seu primeiro livro Urupês, em 1918.

Entediado com a vida na fazenda e sem o rendimento esperado, vendeu a propriedade e comprou a Revista do Brasil, abrindo espaço para novos nomes da literatura mostrarem seu trabalho. Com o grande fluxo de trabalhos, o negócio cresceu e virou editora, mas fechou as portas anos mais tarde, em 1925, devido à crise da indústria nacional e clima político instável da época.

Após um breve período nos Estados Unidos a serviço do governo de Washington Luís, voltou para o Brasil e iniciou uma luta em defesa do petróleo e do ferro com forte cunho nacionalista e crítico ao governo de Getúlio Vargas, o que lhe rendeu três meses na cadeia em 1940, além da apreensão e destruição de algumas obras à venda.

Em meio a um clima político pesado e sob a censura, Monteiro Lobato se aproximou dos comunistas liderados por Luís Carlos Prestes. Foi à Argentina lançar alguma de suas obras e voltou ao país em 1947. Faleceu no ano seguinte, aos 66 anos, vítima de um derrame, deixando como herança mais de 30 livros publicados, uma obra reverenciada até hoje.

No dia de seu aniversário, 18 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. Apenas uma mostra da importância da obra e da criatividade de um dos maiores gênios da literatura brasileira Nenhum autor é tão representativo da literatura infantil brasileira do século 20 quanto Monteiro Lobato. Seu primeiro livro para crianças, A Menina do Narizinho Arrebitado, foi publicado em 1920 e, desde então, sua fantasia já atravessou décadas e segue para a terceira geração de leitores, em várias re-edições e até adaptações para a televisão, do mundo hiperrealístico do Sítio do Pica-pau Amarelo.


Nesse lugar fantástico acontecem as aventuras de Narizinho e Pedrinho na companhia de Visconde de Sabugosa, um sabugo de milho que era um sábio, Emília, uma boneca de pano falante, Quindim, um rinoceronte domesticado e Rabicó, um porco com título de marquês. Tudo sob a tutela de uma ama negra superprotetora, Tia Nastácia, e de Dona Benta, a avó das crianças. Vislumbrado pela literatura infantil mundial, Lobato fez também Peter Pan, Alice, personagens da mitologia e até o Gato Félix passearem pelo Sítio.

Por meio de linhas inventivas ou críticas, o escritor retratou um Brasil cultural e socialmente atrasado e, ao mesmo tempo, deixou-se também levar pela fantasia do imaginário infantil, no qual criou seu maior legado à literatura brasileira: a possibilidade de criar o impossível.

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/monteiro-lobato-criador-mundo-fabuloso-literatura-infantil-623552.shtml

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sem a possibilidade de reprovação, os alunos perdem o respeito pelo professor

Mitos da Educação. Ilustração Guazzelli
Por que é um mito
A reprovação não é um mecanismo de punição, e sim uma medida extrema tomada quando não há possibilidade de o aluno avançar. A autoridade do professor é garantida quando ele trata os estudantes com respeito, domina os conteúdos de sua disciplina e apresenta propostas desafiadoras intelectualmente, que os fazem progredir.

Por que derrubá-lo Em geral, educadores que recorrem à avaliação como meio de pressão não estão conseguindo tornar a aprendizagem significativa para os alunos. Quando crianças e jovens reconhecem que os resultados de provas, por exemplo, podem ser direcionados contra eles próprios, criam uma aversão a elas. A avaliação deve sempre ser vista como uma forma de verificar o quanto cada um avançou. Se bem elaborada, ela permite identificar as dificuldades dos alunos e, com base nisso, trabalhar para que eles se recuperem em tempo. Assim, a repetência não é mais necessária.

"A escola precisa deixar de buscar os culpados pelo fracasso escolar e passar a partilhar as responsabilidades. A motivação dos alunos deve ser aprender e não apenas passar de ano."